Wednesday, November 18, 2009

O real propósito do budismo

Peço licensa para comentar um tópico que li recentemente sobre o real propósito do budismo.

No ocidente em primeiro lugar propagaram-se ensinos do Budismo Zen, práticas de meditações realizadas por artistas ficaram conhecidas e trouxeram uma impressão distorcida desta prática. Alguns acreditam que o budismo é uma filosofia que busca uma paz interior, que não é uma religião, algo distante da realidade diária.

Muito pelo contrário o budismo é uma religião prática para ser aplicada e ter efeitos no dia-a-dia.

Encontramos este ensino no Budismo Nitiren, que eu pratico a 23 anos.

Transcrevo abaixo trecho da explanação feita por Daisaku Ikeda, presidente da SGI, do Escrito de Nitiren, Abertura dos Olhos:

O real problema inerente a isso tudo, obviamente, são as idéias distorcidas que existiam na sociedade sobre o budismo. As pessoas, em geral, viam o budismo como um ensino que aspirava atingir um estado de total paz interior, conhecido o nirvana. Isso alimentou uma tendencia ao escapismo do mundo real, tornando-se comum que os praticantes budistas se isolasse em retiros ou nas montanhas. Essa filosofia incitava as pessoas a almejar uma utopia ou um paraiso afastado deste mundo de sofrimento. Enquanto permanecessem apegadas a essas visões, não conseguiriam reconhecer o espírito, a essência da prática budista.

O budismo genuíno não anseia por uma utopia em algum reino imaginário. Ao contrário, é uma filosofia que busca transformar a realidade e que aspira à construção de um mundo ideal, aqui mesmo, neste conturbado mundo saha. O foco do budismo é despertar as pessoas para seu poder inato, capacitando-as a desenvolver a força espiritual para superar quaisquer tempestades que venha encontrar no cotidiano.

A essência do budismo, em certo sentido, não está na busca de uma vida plácida como um lago de águas paradas, mas no estabelecimentode um um estado de vida tão sólido e vasto, impossível de ser destruído mesmo pelas ondas mais bravias. Embora almejemos um felicidade modesta, uma situação em nada de mal ocorra, é impossível evitarmos ser golpeados pelos ventos e pelas ondas tempestuosas. Na realidade, as pessoas somente podem assegurar a própria felicidade cultivando sua força interior para avançar intrepidamente, através do turbilhão da escuridão fundamental e do carma. Nesse sentido, a felicidade somente é encontrada em meio à luta.

Construir uma felicidade genuína para si e para os os demais implica, necessariamente, combater as ideologias errôneas e as crenças distorcidas que submetem as pessoas ao sofrimento.

Explanação Abertura dos Olhos, Daisaku Ikeda, tradução Elizabeth Miyashiro, pag. 272

Tuesday, November 17, 2009

12ª RLJNE RM Vila Ema

Como anunciei anteriormente realizamos a 12ª Reunião de Líderes dos Joves da Nova Era da RM Vila Ema.

Foi realmente muito emocionante. Demos uma nova partida visando a ampla propagação do Budismo Nitiren em nossa localidade.


Nosso Plano de Ação é o seguinte:

Criação de Valores Humanos

  • DJ liderar o movimento de chakubuku na organização de base.
  • DJ criação de valores humanos para a vitória no Bloco Monarca
  • 2 horas de Daimoku Individual

Concretizar Juramento ao Mestre
A nossa diretriz: Orar e agir herdando o espírito do mestre em sua Totalidade

Nosso Objetivo:
  1. Recitação de 6 milhões de Daimoku até 19 de outubro de 2010.
  2. Concretização de 850 chakubukus até o dia 19 de outubro de 2010.
  3. Construção do castelo do Kossen-rufu da localidade.
  4. Criação de futuros líderes que herdarão o espírito do mestre em sua totalidade.
  5. Estabelecer uma condição de vida que nos permita atuar integralmente pelo Kossen-Rufu, tornando-se uma pessoa indispensável dentro e fora da organização.
Movimento de Chakubuku
  1. Formar comissão de chakubuku em cada distrito
  • Planejar reuniões
  • Divulgar movimento
  • Acompanhar chakubuku e novos membros
  • Avaliar resultados
  1. Realizar reuniões quinzenais
  2. Realizar movimento de visitas
veja o PPT na página principal.

Tuesday, November 10, 2009

Apagão - SP, MG, PR, GO

Olá pessoal ...
Esta noite fui surpreendido pelo apagão quando retornava para casa.
Passei do Centro, para Ipiranga, Vila Prudente e Sapopemba.
Estava tudo as escuras

Ouvi no rádio agora que a causa éum pane na usina de Itaipu.

Será que foi um apagão comemorando os 10 anos do grande black-out de 1999?

Saturday, November 07, 2009

Preparando a 12ª Reunião de Líderes dos Jovens da Nova Era

Realizaremos amanhã a 12ª Reunião de Líderes dos Jovens da Nova Era.

Agora atuando na Região Metropolitana da Vila Ema será a primeira que vou participar.

O ponto alto será o estudo da "tese sobre o estabelecimento do ensino correto para a faz da nação", de Nitiren.

Hoje li na Nova Revolução Humana volume 4, Capítulo Pacificação da Terra, o seguinte trecho:
" - Se uma pessoa busca segurança e tranquilidade para asua vida, deve, antes de mais nada, orar pela paz e bem-estar da sociedade - este é o significdo da frase. Expressa também , claramente, a atitude que deve ser tomada por todos os budistas: orar e lutar pela construção da paz e prosperidade social, pela solução dos sofrimentos das pessoas, sem nunca se isolar no mundo individual para apenas buscar as satisfações pessoais. Este é o caminho humano, o caminho de todos que professa uma religião. O budismo não exite longe da sociedade. Uma religião que se distancia dela e prega apenas a busca do paraíso numa outra existência, já é uma religião morta. Não é mais uma religião na sua verdadeira acepção e em nada pode ajudar as pessoas...

Thursday, November 05, 2009

Tecnologia da Informação e A Arte da Guerra

Sim ... isso mesmo, hoje eu estou inspirado.

Logo pretendo escrever um artigo mais extenso e fundamentado sobre o tema Tecnologia da Informação e A Arte da Guerra, mas inicialmente gostaria de fazer um breve comentário.

Claro que já existem quase que infindáveis versões e comentários sobre a célebre obra de Sun Tzu, vezes associando-a ou comparando-a alguma realidade ou atualidade em que as estratégias militares do douto chinês podem ser aplicadas.

Existe publicação "Sun Tzu e a Arte dos Negócios", de Mark MacNeilly, que se destaca nesta linha.

Minha intesão não será parafrasea-los, mas descrever minhas próprias experiencias.

Sun Tzu comentou:

  1. "Se os regulamentos não são claros e as ordens não são perfeitamente explicadas, a culpa é do comandante."
  2. "Se as instrução não são claras e os comandos pouco explícitos, a culpa é do comandante."
  3. "Mas quando forem claramente postos e não são executados de acordo com os ditames militares, então a culpa é dos oficiais."

Nestes tópicos Sun Tzu não culpou os soldados pela falha na execução das ordens, mas sim o comandante e por fim os oficiais.

No dia a dia de uma Fábrica de Software é constante as falhas em definição de escopo, execução de cronogramas, desvios de orçamentos, etc. serem colocadas "no colo" dos desenvolvedores.

Na minha humilde opinião isto é uma falha séria. É um desvio no primeiro tópico que qualquer projeto que siga qualquer metodologia: A definição dos papéis e responsabilidades.

Baseando no PRINCE2, mas simplificando, concluo que:

O Project Board deve ser responsável pelo controle do orçamento.

O Project Manager dever ser responsável pelo controle do planejamento (esforço, prazo).

O Team Manager deve ser responsável pelo controle do escopo.

Se cada um não assumir seu papel e responsabilidade ...

NÃO DÁ NEM PRA COMEÇAR.

General Tigre de Pedra

Olá amigos ... (ou se preferirem: Estimados companheiros [rsrsrs])

Esta semana enfrentando alguns desafios profissionais recordei-me desta história e foi fator de grande alegria poder aplicá-la no meu cotidiano.

Por isso hoje vou citar um tópico dos ensinamentos budistas que também tem conotação de liderança e convicção na concretização de nossos objetivos/metas pessoais, empresariais e/ou profissionais.

Independente da religiosidade, acima de tudo, trata-se de um aprendizado filosófico que vale a pena colocar em prática, podem ter certeza.

Trata-se do General Tigre de Pedra.

Em um discurso de meu mestre, Daisaku Ikeda consta:Nitiren Daishonin era muito bem versado não apenas nos Registros do Historiador como também numa ampla gama de obras históricas chinesas. O relato do General Tigre de Pedra que aparece no escrito de Nitiren com esse mesmo título foi extraído dos Registros do Historiador. Quando um general cuja mãe havia sido devorada por um tigre confundiu uma rocha com esse animal, atirou com tanta vontade de vingar a morte da mãe que a flecha se cravou na pedra. Mas ao perceber que era uma pedra e tentar atirar nela novamente, a flecha não mais penetrou a rocha.

Alguém já se deparou com uma situação que imaginava ser impossível de transpor? Uma tarefa que precisava finalizar e não via alternativas?

Certamente sim e várias vezes.

E mesmo sem saber como ... conseguiu, conseguiu realizar o que poderia parecer inimaginável inicialmente, assim como o feito do general que fez flecha penetrar na pedra.

Mas o que havia de especial para nós conseguirmos e para o general também?

Havia uma grande motivação. Isso mesmo motivação, mas não precisa parar de ler, pois não é apenas uma motivação financeira ou a pressão que nos faz realizar algo, mas principalmente nossa motivação interior.

O que moveu o general a atacar a rocha pensando ser um tigre foi seu grande desejo de vingança pela perda da mãe. Algo totalmente subjetivo, individual, quase inexplicável.

E então! Qual o seu GRANDE DESEJO?

Concluindo ... quando temos uma motivação pessoal, individual, subjetiva conseguimos realizar algo inatingível aos olhos das outras pessoas. É muito mais forte do que sermos movidos pela pressão de um gerente, por exemplo. É algo que parte de "mim mesmo".

Isto pode e deve ser aplicado no ambito profissional.

Um abraço.


Glossário do Budismo: GENERAL TIGRE DE PEDRA (m. 119 a.C.) : Li Kuang (m. 119 a.C.), general que serviu ao imperador Wu da dinastia Han anterior e era exímio no arco e flecha. Dizem que, certa vez, quando estava caçando, ele confundiu uma rocha no chão com um tigre e acertou-a com uma flecha. Ao perceber que, na verdade, seu alvo era uma pedra, o general ficou surpreso ao ver que a ponta da flecha havia penetrado na pedra. A partir desse dia, ele ficou conhecido como General Tigre de Pedra. Segundo uma versão posterior desse episódio, o pai de Li Kuang (sua mãe, de acordo com outra fonte) havia sido morto por um tigre. Li Kuang confundiu uma rocha com o tigre que havia matado seu pai e acertou-a com uma flecha.

Sunday, November 01, 2009

Em artigo, FHC afirma que Lula se afasta da democracia

Hoje está noticiado nos diversos meios de comunicação, jornais, portais e sites o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Os principais temas abordados na crítica são a votação do marco regulatório do pré-sal, as críticas de Lula à direção da Vale, as viagens para inaugurações de obras do PAC com a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff e as boas relações com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad." [Terra]

Na minha opinião os fatos citados e a distorção do contexto da democracia além de certa imprecisão das informações configuram apenas uma ação de ataque ao atual presidente.

Afinal é comum em um período pré-eleitoral o envolvimento de presidenciáveis em inauguração de obras, como uma pré-campanha. Ademas a ministra faz parte do governo que inaugura as obras.

Da mesma forma FHC quando presidente teve ações questionáveis.

Fatos correlatos.
FHC também fez isso juntamente com Serra. Uma delas foi em 19/09/2002, veja o link da Folha: FHC inaugura obra com Serra

FHC governou diretamente por meio de decretos, sendo recordista em medidas provisórias e em reedição destas medidas provisórias, com 365 MPs em seus 2 mandatos.

Ao contrário de Lula FHC não estabeleceu canais de relação comercial com outros países fora do eixo EUA Europa.

De toda forma este debate deverá esquentar. Quanto mais nos aproximemos das eleições as críticas surgirão.

Até mais ...

Friday, October 30, 2009

java.lang.NoSuchMethodError: org.objectweb.asm.ClassVisitor

Certa ocasião enfrentei o problema abaixo em uma aplicação web desenvolvida em Java 1.5 executando em WebSphere 6.1.

Vou postar o problema, a análise e a solução.

O stack trace gerado é o seguinte:

[9/17/09 5:15:10:196 BRT] 0000001e WebGroup A SRVE0169I: Loading Web Module: VC.war.
[9/17/09 5:15:17:163 BRT] 0000001e WebApp A SRVE0180I: [VC#VC.war] [/appsl/vc] [Servlet.LOG]: Initializing We
bApplicationContext for Struts ActionServlet 'action', module ''
[9/17/09 5:15:34:344 BRT] 0000001e ContextLoader E org.springframework.web.struts.ContextLoaderPlugIn init Context initialization failed org.springframework.beans.factory.BeanCreationException: Error creating bean with name 'sessionFactory' defined in ServletContext resource [/WEB-INF/classes/com/citi/vc/config/spring/spring-daos-config.xml]: Invocation of init method failed; nested exception is java.lang.NoSuchMethodError: org.objectweb.asm.ClassVisitor.visit(IILjava/lang/String;Ljava/lang/String;[Ljava/lang/String;Ljava/lang/String;)V
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractAutowireCapableBeanFactory.initializeBean(AbstractAutowir

eCapableBeanFactory.java:1336)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractAutowireCapableBeanFactory.doCreateBean(AbstractAutowireC
apableBeanFactory.java:471)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractAutowireCapableBeanFactory$1.run(AbstractAutowireCapableBeanFactory.java:409)
at java.security.AccessController.doPrivileged(Native Method)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractAutowireCapableBeanFactory.createBean(AbstractAutowireCapableBeanFactory.java:380)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractBeanFactory$1.getObject(AbstractBeanFactory.java:264)
at org.springframework.beans.factory.support.DefaultSingletonBeanRegistry.getSingleton(DefaultSingletonBeanRegistry.java:220)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractBeanFactory.doGetBean(AbstractBeanFactory.java:261)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractBeanFactory.getBean(AbstractBeanFactory.java:185)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractBeanFactory.getBean(AbstractBeanFactory.java:164)
at org.springframework.beans.factory.support.DefaultListableBeanFactory.preInstantiateSingletons(DefaultListableBeanFactory.java:423)
at org.springframework.context.support.AbstractApplicationContext.finishBeanFactoryInitialization(AbstractApplicationContext.java:729)
at org.springframework.context.support.AbstractApplicationContext.refresh(AbstractApplicationContext.java:381)
at org.springframework.web.struts.ContextLoaderPlugIn.createWebApplicationContext(ContextLoaderPlugIn.java:354)
at org.springframework.web.struts.ContextLoaderPlugIn.initWebApplicationContext(ContextLoaderPlugIn.java:295)
at org.springframework.web.struts.ContextLoaderPlugIn.init(ContextLoaderPlugIn.java:225)
at org.apache.struts.action.ActionServlet.initModulePlugIns(ActionServlet.java:869)
at org.apache.struts.action.ActionServlet.init(ActionServlet.java:336)
at javax.servlet.GenericServlet.init(GenericServlet.java:256)
at com.ibm.ws.webcontainer.servlet.ServletWrapper.init(ServletWrapper.java:227)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.servlet.ServletWrapper.init(ServletWrapper.java:320)
at com.ibm.ws.webcontainer.servlet.ServletWrapper.initialize(ServletWrapper.java:1308)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.servlet.ServletWrapper.initialize(ServletWrapper.java:153)
at com.ibm.wsspi.webcontainer.extension.WebExtensionProcessor.createServletWrapper(WebExtensionProcessor.java:99)
at com.ibm.ws.webcontainer.webapp.WebApp.getServletWrapper(WebApp.java:897)
at com.ibm.ws.webcontainer.webapp.WebApp.getServletWrapper(WebApp.java:819)
at com.ibm.ws.webcontainer.webapp.WebApp.initializeTargetMappings(WebApp.java:537)
at com.ibm.ws.webcontainer.webapp.WebApp.commonInitializationFinish(WebApp.java:374)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.webapp.WebApp.initialize(WebApp.java:293)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.webapp.WebGroup.addWebApplication(WebGroup.java:93)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.VirtualHost.addWebApplication(VirtualHost.java:162)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.WebContainer.addWebApp(WebContainer.java:671)
at com.ibm.ws.wswebcontainer.WebContainer.addWebApplication(WebContainer.java:624)
at com.ibm.ws.webcontainer.component.WebContainerImpl.install(WebContainerImpl.java:335)
at com.ibm.ws.webcontainer.component.WebContainerImpl.start(WebContainerImpl.java:551)
at com.ibm.ws.runtime.component.ApplicationMgrImpl.start(ApplicationMgrImpl.java:1274)
at com.ibm.ws.runtime.component.DeployedApplicationImpl.fireDeployedObjectStart(DeployedApplicationImpl.java:1165)
at com.ibm.ws.runtime.component.DeployedModuleImpl.start(DeployedModuleImpl.java:569)
at com.ibm.ws.runtime.component.DeployedApplicationImpl.start(DeployedApplicationImpl.java:832)
at com.ibm.ws.runtime.component.ApplicationMgrImpl.startApplication(ApplicationMgrImpl.java:921)
at com.ibm.ws.runtime.component.ApplicationMgrImpl$AppInitializer.run(ApplicationMgrImpl.java:2124)
at com.ibm.wsspi.runtime.component.WsComponentImpl$_AsynchInitializer.run(WsComponentImpl.java:342)
at com.ibm.ws.util.ThreadPool$Worker.run(ThreadPool.java:1497)
Caused by: java.lang.NoSuchMethodError: org.objectweb.asm.ClassVisitor.visit(IILjava/lang/String;Ljava/lang/String;[Ljava/lang/String;Ljava/lang/String;)V
at net.sf.cglib.core.ClassEmitter.begin_class(ClassEmitter.java:77)
at net.sf.cglib.core.KeyFactory$Generator.generateClass(KeyFactory.java:173)
at net.sf.cglib.core.DefaultGeneratorStrategy.generate(DefaultGeneratorStrategy.java:25)
at net.sf.cglib.core.AbstractClassGenerator.create(AbstractClassGenerator.java:216)
at net.sf.cglib.core.KeyFactory$Generator.create(KeyFactory.java:145)
at net.sf.cglib.core.KeyFactory.create(KeyFactory.java:117)
at net.sf.cglib.core.KeyFactory.create(KeyFactory.java:108)
at net.sf.cglib.core.KeyFactory.create(KeyFactory.java:104)
at net.sf.cglib.proxy.Enhancer.(Enhancer.java:69)
at org.hibernate.proxy.pojo.cglib.CGLIBLazyInitializer.getProxyFactory(CGLIBLazyInitializer.java:117)
at org.hibernate.proxy.pojo.cglib.CGLIBProxyFactory.postInstantiate(CGLIBProxyFactory.java:43)
at org.hibernate.tuple.entity.PojoEntityTuplizer.buildProxyFactory(PojoEntityTuplizer.java:162)
at org.hibernate.tuple.entity.AbstractEntityTuplizer.(AbstractEntityTuplizer.java:135)
at org.hibernate.tuple.entity.PojoEntityTuplizer.(PojoEntityTuplizer.java:55)
at org.hibernate.tuple.entity.EntityEntityModeToTuplizerMapping.(EntityEntityModeToTuplizerMapping.java:56)
at org.hibernate.tuple.entity.EntityMetamodel.(EntityMetamodel.java:295)
at org.hibernate.persister.entity.AbstractEntityPersister.(AbstractEntityPersister.java:434)
at org.hibernate.persister.entity.SingleTableEntityPersister.(SingleTableEntityPersister.java:109)
at org.hibernate.persister.PersisterFactory.createClassPersister(PersisterFactory.java:55)
at org.hibernate.impl.SessionFactoryImpl.(SessionFactoryImpl.java:226)
at org.hibernate.cfg.Configuration.buildSessionFactory(Configuration.java:1294)
at org.springframework.orm.hibernate3.LocalSessionFactoryBean.newSessionFactory(LocalSessionFactoryBean.java:814)
at org.springframework.orm.hibernate3.LocalSessionFactoryBean.buildSessionFactory(LocalSessionFactoryBean.java:732)
at org.springframework.orm.hibernate3.AbstractSessionFactoryBean.afterPropertiesSet(AbstractSessionFactoryBean.java:211)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractAutowireCapableBeanFactory.invokeInitMethods(AbstractAutowireCapableBeanFactory.java:1367)
at org.springframework.beans.factory.support.AbstractAutowireCapableBeanFactory.initializeBean(AbstractAutowireCapableBeanFactory.java:1333)
... 42 more

Thursday, October 29, 2009

BPM - Business Process Management - Exemplo de Solução

Recentemente para uma proposta de solução técnica à um problema de um cliente, identificamos como melhor alternativa a adoção do BPM - Business Process Management, traduzido como Gerenciamento de Processos de Negócio [na verdade esta tradução não explica muito, postoriormente quero escrever apenas sobre este significado].

No contexto exposto tínhamos que desenvolver uma aplicação (software) para o Processo de Gerenciamento de Ordens de Serviço. Este processo precisava ainda ser integrado a outros dois serviços já existentes de Consulta à CEP e Roterização (Gerar Rotas).

A empresa já possui em sua estrutura uma solução de BPM o Oracle Business Process Management.

Então ficou fácil certo? Um problema que claramente necessita de uma solução BPM e integração com outros serviços através de SOA.

Mas como utilizar cada recurso?

Veja abaixo em partes como podemos visualizar esta solução.

Proposta de Solução


A adoção da tecnologia já especificada, BPM com o BEA AquaLogic BPM Studio, agora gerida pela Oracle é o Oracle Business Process Management, utilizando uma ferramenta IDE baseada em Eclipse, propiciará as ferramentas para criar, executar e otimizar o Processo de Negócio Gerenciamento de Ordens de Serviço.
Além das vantagens próprias da ferramenta adotada, podemos adotar uma abordagem para a utilização de BPM e SOA agrgando maior valor à solução.
A formalização dos processos – definir etapas, tratamento de exceções e caminhos de escalação, e a coordenação dos sistemas necessários para realizar uma tarefa específica – melhorará muito a produtividade, o compliance e a qualidade do serviço.

Os componentes do Oracle Business Process Management suportam todo o ciclo do processo de negócio de ponta a ponta



Oracle Business Process Management Studio
Utilizando o BPM Studio será possível receber da área de negócio o processo já definido em padrão BPMN. Havendo a necessidade de desenvolvimento de lógicas de negócio específica será realizado em linguagem Java que é totalmente compatível aos recursos do Aqualogic.

Workspace do Oracle Business Process Management
O workspace do Oracle Business Process Management é uma interface baseada na Web pronta e configurável que permite aos usuários acessar e manipular tarefas de acordo com sua função e responsabilidade.
Serão disponibilizadas as seguintes telas no Workspace:
1. Login
2. Menu Principal
[listar as telas relativas ao processo]

Esta ferramenta permite criação de add-on para Microsoft Office para os usuários finais que querem interagir com processos usando qualquer produto do Office, incluindo Outlook, Word ou Excel.

Painéis do Oracle Business Process Management

Os painéis do Oracle Business Process Management fornecem dados históricos e quase em tempo real sobre o processo, adequados a cada função. Os gerentes obtêm a inteligência prática de que precisam para tomar decisões cruciais e oportunas, e os analistas de negócios podem definir os principais indicadores de desempenho (KPIs) ao modelar os processos.
As KPIs definidas para o Processo de Gerenciamento de Ordens de Serviço, que estarão disponíveis nos Painéis são listados no item de escopo Monitorar Processo:
[listar as KPIs definidas]

Servidor do Oracle Business Process Management
O servidor do Oracle Business Process Management coordena todos os processos e seus recursos para gerenciar sequências, aplicar regras e auditar cada etapa, assegurando assim uma execução, escalação e gerenciamento de exceções sem falhas.
Além disso, a arquitetura do servidor permite que os administradores de TI criem topologias flexíveis para balanceamento de carga e cenários com tolerância a falhas.
Diferenciais
O Oracle Business Process Management tem uma abordagem comprovada para possibilitar que os usuários administrativos e o pessoal de TI colabore e apresente melhorias e inovações nos processos. Voltando sua atenção para os usuários administrativos, o Oracle Business Process Management oferece novas maneiras de os usuários interagirem com seus processos e monitorá-los através de aplicativos da Web, portais, integração ao Office e painéis administrativos. Com o Oracle Business Process Management, você pode fornecer o mais avançado ambiente para produtividade do usuário e atividades de tomada de decisões.

BPM e SOA

Gestão de Processos de Negócios
BPM representa uma estratégia para gerenciar e melhorar o desempenho dos negócios com a contínua otimização dos processos em um ciclo fechado de modelagem, execução e medição. Combinando uma metodologia de melhores práticas com uma solução de tecnologia integrada, o conceito de BPM aflorou de uma evolução dos processos de negócios e da convergência de diversas tendências tecnológicas. O resultado é uma categoria de solução de tecnologia baseada em uma Arquitetura Orienta da a Serviços

Arquitetura Orienta da a Serviços
Como abordagem arquitetônica que facilita a criação de serviços de negócios interoperáveis e flexivelmente acoplados para fácil compartilhamento dentro das empresas e entre elas, o conceito de SOA extrai seu verdadeiro valor da reutilização e agilidade possibilitadas por ele. Uma abordagem de SOA, na verdade, estimula a reutilização dos aplicativos que durarão não apenas anos, mas décadas. Ou seja, os sistemas implementados hoje poderiam sobreviver a seus implementadores originais, na forma de aplicativos empresariais virtualizados gerenciados como “caixas pretas” definidas por suas interfaces.


BPM SOA



• Otimiza os processos de negócios
• Demanda por visibilidade
• Orientado diretamente pelas metas da empresa/órgão
• Não exige SOA, mas SOA simplifica imensamente as implementações de BPM • Organiza a infra-estrutura de TI
• Demanda por encapsulamento
• Orientado indiretamente pelas metas dos negócios, traduzidas em uma necessidade de TI ágil e governança
• Fornece uma camada de controle e governança para a IT sob BPM
Com esta visão será possível acessar serviços necessários atualmente como ao acesso ao Cadastro de CEP. E a aplicação já estará prepara para uma próxima evolução que venha a integrá-la com um sistema de roteirização que poderá definir as Rotas necessárias para as empresas efetuarem a retirada dos materiais.




Visão da Arquitetura Proposta

“Não-violencia e Ocupação Estrangeira” - Introdução

Em 2006 produzi um trabalho de iniciação científica com o tema “Não-violencia e Ocupação Estrangeira” que aproveito agora este espaço para publicar em cinco etapas:
1. Introdução
2. A natureza humana: originalmente boa, ou má, ou corrompida.
3. Não violência versus resistência armada diante da ocupação estrangeira.
4. Os Princípios da Paz.
5. Não-violência na prática

Introdução

No século XX, paralelo às duas Grandes Guerras Mundiais surgiram movimentos de resistência pacifistas, com destaque para o que podemos denominar de não-violência.
Com notório valor ético e moral a não-violência chama a atenção de estudiosos e chegando ao meio acadêmico é analisada com certa desconfiança e ceticismo como algo utópico sem uma aplicação prática.
Até que ponto a tolerância pode resistir? Sendo prático: em uma situação de conflito seria possível aceitar passivamente o avanço de tropas inimigas em seu território comprometendo a soberania e até a sobrevivência de um determinado Estado?
“A não-violência e a Ocupação Estrangeira” propõe-se a analisar esta problemática e contribuir para a compreensão deste tema, já vivo na sociedade, agora no meio acadêmico, balanceando as escolas de pensamentos de Relações Internacionais e pensamentos pacifistas. Neste novo século que surgiu com tanta expectativa, mas que logo em seu alvorecer testemunhou novas formas de conflito, novas ameaças e novas formas de dominação, seria possível o surgimento de uma nova ordem mundial baseada na não-violência?

Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. Pois a guerra não consiste apenas na batalha, ou no ato de lutar, mas naquele lapso de tempo durante o qual a vontade de travar batalha é suficientemente conhecida. (HOBBES:1651, P.75)

Faremos isto uma reflexão "A violência e seu impacto" que também trará a expectativa de que os conflitos do século XXI não serão marcados por impasses ideológicos como na Guerra Fria, ou por um Choque de Civilizações, previsto por Samuel Huntington, mas por um “embate entre a Violência e a Não-violência”.
Um Estado, por sua definição clássica baseada em uma nação e um território, é detentor do poder de coerção em sua região, por sua vez procura manter sua sobrevivência e alcançar seus interesses através do aumento de poder diante dos demais Estados.
Este poder de coerção, a defesa territorial e a segurança do Estado são realizados por suas forças armadas, por seu exercito, mantendo sua soberania diante dos demais atores do Sistema Internacional.
Quando um outro poder passa a exercer esta função dentro de um território em substituição ao poder original pode-se configurar uma ocupação, se este poder for uma força externa, um comando de outro Estado, temos uma ocupação estrangeira. Este assunto será detalhado na conclusão do segundo capitulo.
"Os Princípios da Paz", descritos no terceiro capítulo refletem os pensamentos de Teóricos Realistas das Relações Internacionais para os quais a paz é um intervalo entre as guerras, a paz não existiria por si só ela deriva da existência dos conflitos. Também apresentaremos neste capítulo a tipificação dos conceitos de paz seguindo o conceito do filósofo italiano Norberto Bobbio.
No terceiro capítulo “Não violência versus resistência armada diante da ocupação” apresentaremos o tema da Conferencia Internacional sobre Não Violência e Conflitos, realizada em 1997, a Organização das Nações e Povos Não Representados reafirmou a problemática dos termos não violência, ambos complexos e polissêmicos.
Exemplos de ações de resistência através da não-violência, desde as vitórias históricas de Mahatma Gandhi na Índia, de Martin Luther King Jr nos Estados Unidos, até exemplos de menor proporção e destaque mundial, mas que também revelam o caráter da "A Não-violência na Prática", tema de nosso quinto capítulo.
Ao final destacamos dois artigos de relevância para o tema. No Anexo I “O caráter da não-violência de Stuart Ress e no Anexo II “Uma nova era de diálogo: o triunfo do humanismo” de Daisaku Ikeda.
No decorrer da sua leitura é nossa expectativa contribuir para a compreensão e entendimento deste tema, mas principalmente a compreensão de seu papel individualmente, pois a não-violência está bem mais próxima de nós e não percebemos, temos o sentimento de que a violência é bem mais evidente, mas debatendo este assunto podemos desmistificá-los e romper com o ceticismo que impera em nosso cotidiano.

Veja mais sobre soberania em A Política Entre as Nações, Hans Morgenthau, Capítulo XIX: Soberania.

Reeleição do Presidente Lula e Formação do Novo Governo

O texto abaixo produzi juntamente com meu amigo Jessiel Alves em 2006, enquanto estudávamos Relações Internacionais.

Compartilho agora com todos vocês.

Jessiel Alves da Silva
Luciano de Carvalho Rodrigues


REELEIÇÃO DO PRESIDENTE LULA E FORMAÇÃO DO NOVO GOVERNO
Análise das Instituições Políticas Brasileiras


O texto a seguir tem o objetivo de analisar a recente reeleição do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e o processo de formação do novo governo.

Inicialmente apresentaremos subsídios para a discussão do tema como “a relação entre o Estado e os ricos”, “a cidadania no Brasil”, “a relação entre o Estado e os partidos políticos e sindicatos” e o “lócus do poder político no Brasil”.

A seguir localizaremos os elementos apresentados em operação durante o primeiro mandado do Presidente Lula de 2002 a 2006, para identificarmos a influência destes fatores na nas eleições presidenciais de 2006.
Realmente existem mudanças no cenário político brasileiro? A preocupação dos brasileiros em construir um país que combine liberdade, participação e justiça social será consolidada com a formação de um novo governo de coalizão proposto para o novo mandato? A conclusão da análise da “Reeleição do Presidente Lula e Formação do Novo Governo” nos levará a refletir sobre estas questões.

A primeira questão que precisamos analisar para compreender o resultado da ultima eleição presidencial é a relação entre o Estado e os ricos, como a elite age para perpetuar-se no poder e como o clientelismo ainda hoje influencia a sociedade brasileira.

Para se ter o controle do Estado, é necessário que se ganhe as eleições e para se ganhar as eleições é preciso que se gaste milhões com as campanhas onde o dinheiro é gasto com a confecção de material promocional, viagens dos candidatos folha de pagamento dos funcionários das equipes dos comitês e ainda, o gasto mais caro de todos: a produção dos programas que vão ao ar pelo radio e TV. Nas eleições de 2006
O Candidato Lula estimou gastar R$ 89 Milhões e Geraldo Alkmin R$ 85 milhões . Como os gastos são muito altos e os partidos não tem condições de se manter sozinhos e o dinheiro repassado pelo governo não é suficiente para cobrir os gastos da campanha é aceito doações de empresas privadas e pessoas físicas conforme os seus interesses.

Aproveitando-se da situação a elite rica faz doações milionárias para os candidatos em troca de favores e cargos estratégicos, que estão nas mãos do executivo, cargos esses que irão ajudar os negócios dessa elite, fazendo com que ela fique cada vez mais rica ou ainda ajudando – a passar pôr cima de leis ou fiscalizações, ou seja vão fazer a maquina do estado trabalhar em seu favor criando uma relação de clientelismo.

Outra forma que os ricos usam para pressionar o estado a trabalhar em seu favor é se mostrando útil para a dinâmica da economia, como vemos nos estudos de Noam Chomsky “Na democracia capitalista, os interesses que mais precisam ser satisfeitos são os interesses dos capitalistas; se isso não ocorrer, não haverá investimento, nem produção, nem trabalho, nem recursos disponíveis para, de uma forma marginal, atender às necessidades da população em geral” (Turning the Tide,). Desta forma os ricos conseguem pressionar o governo que controla o estado para que esse satisfaça os seus interesses.

As oligarquias regionais usam todo o seu poder e influencia para dominar a região como é o caso da Bahia com Antônio Carlos Magalhães e do Maranhão com a Família Sarney, que apesar de fazerem poucas coisas para a população local continuam no poder pôr anos, graças a todo seus aparatos de persuasão. Apesar de as estruturas estarem sempre mudando, a sociedade pobre não consegue seguir no mesmo ritmo já que quem faz as mudanças são as mesmas pessoas que estão no poder e geralmente as mudanças são feitas em favor delas mesmas.

A segunda questão que precisamos analisar para compreender o resultado da ultima eleição presidencial é a cidadania no Brasil e a conseqüente a participação política dos cidadãos brasileiros.
Uma preocupação constante nos últimos anos no Brasil é a desigualdade social. A desigualdade social tem refletido vários outros problemas como a violência, aumento da criminalidade e a evasão escolar. Mas a solução deste problema, não passa por uma simples equalização econômica das classes sociais, mas está ligada à evolução nas sociedades modernas do conceito da cidadania.

Vamos entender a cidadania - conforme exposto por T. H. Marshall - como a consolidação dos Direitos Civis, Direitos Políticos e Direitos Sociais que surgem como uma solução para o “problema da igualdade social”, sob o ângulo do custo econômico, não buscando uma “igualdade quantitativa”, mas uma “igualdade qualitativa”. E os Direitos Civis e Políticos são plenificados através dos Direitos Sociais. Então o que faz realmente todos os indivíduos serem cidadãos é a garantia dos Direitos Sociais (MARSHALL, p. 59, 60, 61.).
Os cidadãos não deverão ter a mesma quantidade de bens econômicos, mas todos poderão desfrutar da mesma qualidade de direitos baseados na igualdade humana.

Tal é a hipótese sociológica latente no ensaio de Marshall. Postula que há uma espécie de igualdade humana básica associada com o conceito de participação integral na comunidade – ou, como eu diria, de cidadania – o qual é inconsistente como as desigualdades que diferenciam os vários níveis econômicos na sociedade. Em outras palavras a desigualdade do sistema de classes sociais pode ser aceitável desde que a igualdade de cidadania seja reconhecida (MARSHALL, p. 62).

Ou seja, continuará existindo diferença econômica, mas elementos básicos devem ser garantidos. Os elementos básicos desta igualdade são descritos na constituição brasileira como Direitos Sociais, no artigo 6o – São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

Então é papel do Estado é garantir a todo cidadão brasileiro o acesso aos direitos sociais listados acima como podemos interpretar nas seguintes palavras de Bendix:

É o Estado que resgatou a criança do domínio patriarcal e da tirania da família; é o Estado que libertou o cidadão dos grupos feudais e, mais tarde, dos grupos comerciais; é o Estado que libertou o artesão e seu mestre da tirania da guilda. (BENDIX, p. 21)

É emergencial destacar que no Brasil existe uma interpretação e compreensão diferente da cidadania, talvez por que estes direitos não foram conquistados através de revoluções armadas como ocorreu em várias partes do mundo, como a Revolução Francesa, que para a conquista dos Direitos Civis, Políticos e Sociais foram necessários séculos de revoluções.

É importante compreendermos o papel do Estado de atender os Direitos Sociais para os cidadãos “desamparados”, para mais adiante analisarmos porque, algumas camadas da sociedade questionaram até a viabilidade da democracia em um país com tanta desigualdade social.

Outro fator ligado à cidadania, relevante para nossa análise, é a “participação política”. Conceito este ligado diretamente ao processo eleitoral, a participação consciente do eleitor.

Como descrito por Lúcia Avelar:
A maioria da população é pouco ativa, conformista e, no geral desencantada com a política. Em alguns casos porque não se sente qualificada para participar; em outros, porque não acredita que política poderá melhorar sua vida (AVELAR, 2004 p. 228).

Avelar resumiu a participação política em três canais: canal eleitoral, canais corporativos e canais organizacionais. A forma mais comum de participação política é o voto um dos elementos do canal eleitoral. Podemos defender que os eleitores brasileiros nas eleições de 2006 tiveram uma participação política mais consciente e romperam a apatia indicada anteriormente? Avelar prossegue explicando o que leva o indivíduo a se envolver na atividade política, dentre as várias formas apresentadas a que mais nos interessa é o modelo da consciência de classe que diz que “quanto mais o indivíduo participa, mais adquire consciência de sua situação de desigualdade; quanto maior a consciência de sua situação, mais tende a participar”.

No Final dos anos 70, O sindicalismo ressurgia mesmo enfrentando uma forte repressão pôr parte dos governos militares onde as manifestações eram violentamente reprimidas e lideres sindicais perseguidos. “O sindicato dos metalúrgicos e Lula ganharam surpreendente notoriedade, sendo estes descritos pôr grande parte da imprensa e pêlos progressistas da igreja como legitimo representante não comunista, da classe trabalhadora”(SKIDMORE, p. 233). Houve então uma união entre sindicalistas, setores da igreja e a sociedade civil que se opunha ao governo militar e exigiam reformas para melhorar a vida dos trabalhadores. Em Outubro de 1979 é fundado o partido dos trabalhadores que tem como objetivo assumir o controle do estado através de eleições diretas, para fazer as reformas necessárias conforme vemos nos estudos de Thomas Skidmore ”O debate sobre o PT prosseguiu de acordo com as previsões. Lula e seus aliados afirmavam que a estrutura das relações de trabalho, tendo sido criadas e postas em praticas pelo governo, somente poderia ser mudadas pôr aqueles que controlavam o poder” (Brasil de Castelo a Tancredo, p430) Esse objetivo foi se concretizar apenas em 2002, quando Lula se tornaria presidente do Brasil, mas até chegar a essa posição Lula teve um longo caminho. Veio do nordeste ao 7 anos de idade e aos 12 já estava trabalhando como engraxate e depois em uma tinturaria. Conseguiu um curso de Torneiro Mecânico no SENAI, formando-se como metalúrgico. No inicio da década de 70 viajou para os EUA onde freqüentou curso de qualificação sindical. Em 1969 foi eleito para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e em 1975 é eleito para presidente no mesmo sindicato e em 1979 é reeleito. Foi umas das lideranças mais ativas no comando das greves em largas escalas que aconteceram no Brasil no final da década de 70 e começo dos anos 80 pôr conta disso foi preso e passou 20 dias nas instalações do DOPS. Decide encerrar sua carreira de líder sindical para se dedicar mais a política. Em 1982 tenta se eleger para governador do Estado de São Paulo mais perde as eleições.

Em 84 participa dos movimentos da direta já e em 86 é eleitos deputado federal com Record de votos. Foi constituinte e em 1989 se candidatou a presidência da republica indo para o segundo turno com Fernando Collor de Melllo. Por sua falta de estudo, sofreu preconceito por boa parte da imprensa. Com um discurso radical acaba perdendo as eleições. Candidato também em 94, perde as eleições para Fernando Henrique Cardoso que estava embalado pelo sucesso do plano Real. Em 1998, é novamente derrotado por Fernando Henrique Cardoso que ainda colhia frutos do plano real. Quando todos achavam que a carreira de Lula se encerraria ele entra na disputa novamente em 2002, porém dessa vez adota um novo discurso mais moderado, evitando o radicalismo. Para vice, convida o Conservador José Alencar. Aproveitando se crises internacionais, falta de crescimento, crise no setor energético e principalmente o descontentamento da população mais pobre que não sentia nenhuma melhoria em sua vida, consegue se eleger como Presidente do Brasil com recorde de votos.

Em seu primeiro mandato, Lula deu continuidade a estabilidade econômica do governo anterior. Na área internacional teve uma intensa atuação nas rodadas de negociação da OMC. Segundo informações dadas pelo próprio Presidente em entrevista, em 2005, as exportações atingiram o valor recorde US$ 118,309 bilhões e que o saldo da balança comercial foi superavitário em US$ 44,764 bilhões.
Visitou diversos países pelo mundo, buscando aumentar os laços comerciais do Brasil e ainda aumentando sua projeção Internacional. Na área social, os investimentos devem chegar no ano de 2006 a marca de R$ 21,2 bilhões. Programas como ProUni, Fome Zero e Bolsa Família são um sucesso entre a população de baixa renda.

O primeiro Governo de Lula foi manchado pôr escândalos de corrupção. Um dos motivos que contribuíram para que isso acontecesse foi que sua coligação formada pôr PT, PSB, PcdoB e PL não conseguiram Ter a maioria no congresso e pôr isso precisou fazer aliança com diversos partidos
Os partidos escolhidos foram PTB, PP e parcela do PMDB. Essa aliança rendeu ao governo dois anos tranqüilos onde conseguiu que os projeto de seu interesse fossem aprovados com certa facilidade.

Porém com tantos partidos fazendo parte de seu governo os escândalos apareceram e acabaram pôr manchar a imagem do governo de Lula, pois devido a diversas disputas internas pelo poder entre a base aliada e acusações sobre corrupção nos correios, o Deputado Federal Roberto Jeferson do PTB fez graves acusações sobre um suposto esquema de compra de votos de parlamentares. Pessoas muito próximas ao presidente foram acusadas de participarem desse esquema e acabaram pôr perder seus empregos e cargos.

A partir daqui gostaríamos de tratar diretamente sobre reeleição do Presidente Lula na disputa eleitoral de 2006.
Sem dúvida a marca da campanha de 2002 foram os projetos sociais que visavam fundamentalmente eliminar a extrema pobreza da população. Inicialmente com o Fome Zero, que ficou desacreditado e sumiu de cena, expandindo-se para os programas criticados por seu caráter assistencialista como o Bolsa Família e atendendo também projetos de inclusão de jovens nas universidades com o PROUNI.
Estes projetos atingiram uma grande proporção da população, principalmente a população mais carente, os “desamparados” mencionados no artigo 6o da constituição.

Numa concepção partidária atual em que os partidos não são alicerçados em ideologias fortes e que entre os partidos principais, PSDB, PT, PMDB e PFL não existe uma distinção entre direita ou esquerda talvez “direita e esquerda são hoje nomes sem sujeito e que não vale a pena a tentativa de mate-los vivos” (BOBBIO, p. 9), poderíamos ao menos ter claro qual partido representaria qual classe.
Assim, sem debates ideológicos, os programas sociais foram o carro chefe para a campanha presidencial de 2006. Isto pelos dois lados da disputa do segundo turno.

Pelo PT, com o Lula, prometendo continuar e ampliar-los, e também pelo PSDB, com Geraldo Alckimim, prometendo que não iria interromper os projetos sociais.
Podemos assumir que o resultado das eleições foram decididos pela população mais pobre, sendo que o Lula venceu ou teve maior vantagem nos estados do Norte e Nordeste, mas regiões metropolitanas do Sudeste também vencia nas regiões mais carentes e perdia nas regiões mais ricas do país, Sul e Sudeste.
Retomando a questão da cidadania no Brasil podemos defender que o cidadão brasileiro das classes econômicas mais baixas teve consciência de sua condição de desigualdade - como no modelo de classes na participação política - e acreditou que através de seu voto poderia melhorar sua vida. Neste sentido esta confiança no processo democrático contribuiu para o fortalecimento da democracia no Brasil.

Desta forma as ações do Estado no governo Lula de garantir a ampliação dos direitos sociais a grande parte da população, foi aprovada e a “vontade do povo” ou pelo menos da maioria dos eleitores e manifestou no resultado das eleições.
Retomando a questão das elites dominantes analisamos também que as mudanças no Brasil são lentas ou não ocorrem, justamente pelo fato de as mudanças propostas serem executadas dentro das estruturas atuais. E os próprios programas sociais foram afetados por estas estruturas arcaicas citadas no início como clientelistas, assim os benefícios eram repassados aos municípios e em alguns casos quem dominava as estruturas eram as estruturas oligárquicas tradicionais muitas vezes seguindo padrões coronelistas.

Vemos este caráter nas seguintes palavras de José de Souza Martins “... as transformações sociais e políticas são lentas, não se baseiam em acentuadas e súbitas rupturas sociais, culturais, econômicas e institucionais”.

Algumas propostas do governo como o bolsa Família resolve parte do problema e não ele por completo, pois ao entrar no Bolsa Família, a família se compromete a manter suas crianças e adolescentes em idade escolar freqüentando a escola e a cumprir os cuidados básicos em saúde: o calendário de vacinação, para as crianças entre 0 e 6 anos, e a agenda pré e pós-natal para as gestantes e mães em amamentação. Essa medida pode acabar com a evasão escolar, mas ainda não resolve o problema da educação, pois as escolas publicas no Brasil ainda não conseguiram atingir um nível satisfatório de excelência. Talvez as mudanças necessárias não sejam apenas com programas superficiais, mas exija reformas mais acentuadas nos setores econômicos, tributário, previdenciário etc. Para que essas reformas aconteçam, é necessário que o governo tenha o apoio da maioria no congresso e dos estados, pois apesar de o presidente ter autonomia para montar uma equipe ministerial do jeito que mais lhe agrade, ele não o faz para não perder apoio, “... A formação ministerial no Brasil tem duas dimensões fundamentais não determinadas pela carta magna: a partidária e a regional”.(ABRANCHES, 1988) Ou seja, precisa fazer de um modo onde todos os estados e partidos políticos aliados se sintam representados no governo ou do contrario terá problemas em seu mandato, sofrendo forte oposição dos demais partidos e estados não representados em seu governo. O partido que conquistar o maior numero de cadeiras no congresso terá maior participação no governo, os estados onde o presidente teve maior votação também terão uma atenção especial. Lula foi o presidente que mais partidos trouxe para o primeiro escalão do governo federal, ou seja, oito. O recorde anterior era de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso com 7 partidos(AVELAR p. 124)

Então se cria uma expectativa para formação de um novo governo e a proposta do Presidente Reeleito Lula de que criar um governo de coalizão.
Para seu segundo mandato, o Presidente Lula espera uma aliança Nacional onde tentará unir todos os partidos. Ele disse que tem todo interesse em conversar com a oposição, que vai conversar com todas as legendas e com todos os governadores. O presidente disse que já conversou com o líder do PSDB e ainda vai conversar com o presidente nacional dos tucanos. Informou que PFL existem muitas pessoas que estão dispostas a conversar. Pediu ainda para os seus adversários façam oposição somente em 2010, pois deseja transformar o Brasil e para isso é preciso fazer um governo de união nacional. Caberá ao presidente fazer uma reforma onde o equilíbrio prevaleça pois se quiser Ter um bom relacionamento com as outras legendas e com os estados, terá que organizar o governo de tal maneira que todos se sintam representados. De olho na reforma ministerial os partidos já começam a cobiçar as secretarias e ministérios que mais lhe agradam, porém o presidente já avisou que pastas ligadas aos movimentos sociais deverão permanecer com o PT, pois ceder essas pastas a outros partidos seria como desvincular do PT temas apontados como históricos na defesa do partido.

Esta expectativa de uma nova direção para o país através de um governo de coalizão vai exigir uma mudança ampla até cultural no caráter dos políticos brasileiros em que cada esfera de governo deverá agir para criar um Brasil forte independente da posição partidária, rompendo com as elites e com as oligarquias em nome do projeto de desenvolvimento do país, para se aplicar as Reformas Previdenciária e Reforma Tributária, entre outras. Pois se esta transformação não ocorrer cairemos na mesma dinâmica descrita por Martins:

Nessa dinâmica, é que pode ser encontrada a explicação para o fato de que são os setores modernos e de ponta, na economia e na sociedade, que recriam ou mesmo criam, relações sociais arcaicas ou atrasadas, como a peonagem, a escravidão por dívidas, nos anos recentes (MARTINS, P. 30).




Referências
ABRANCHES, Sérgio Hudson de. Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados 31, p.5-38, 1988

AVELAR, Lucia e CINTRA, Antonio Octávio. Sistema Político Brasileiro: uma introdução. São Paulo: Editora Unesp, 2004.

BENDIX, Reinhard. Construção Nacional e cidadania.

ESTADÃO – estadao.com.Br. Em mensagem ao Congresso, Lula destaca programas sociais
Disponível em: http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2006/fev/15/230.htm
Acessado em 23/11/2006

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.

GRAHAM, Richard. Clientelismo e a política do Brasil do século XIX.

MARSHALL, T. H. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

MARTINS, José de Souza. O poder do atraso (Ensaios de sociologia da história lenta).

Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.

SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.

SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Castelo a Tancredo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

Relato de Experiencia em 22/11/2003 - Auditório da Paz - BSGI

Relato de Experiência
por: Luciano de Carvalho Rodrigues

Queridos companheiros da RM Vila Prudente boa tarde.
Agradeço imensamente esta maravilhosa oportunidade de estar relatando minhas experiências e também renovando minhas decisões nesta grandiosa atividade, que sem dúvida representa um marco em nosso movimento pela concretização do Kossen-rufu de nossa localidade até 2010. Imaginem em 2010 nos nossa organização crescer tanto a ponto de termos um grandioso auditório como este lá na Vila Prudente.
Gostaria de iniciar o relato citando um importante trecho do poema “Brasil, Seja Monarca do Mundo!”:


A verdadeira crença
Eleva e une os homens
Abre e une os corações.
Mestre e discípulo
- a solidariedade verdadeira
entre os seres humanos.
Eis por que a relação
Entre mestre e discípulo
É espírito de procura,
Desenvolvimento constante
E uma relação eterna.

Kossen-rufu é batalha de mestre e Discípulo.
Buda é quem vence infalível
E Brasil é esperança absoluta.

Neste mês em 04 de novembro minha família completou 17 anos de prática do budismo, e o ponto fundamental que viemos aprendendo todos estes anos é a relação de mestre e discípulo, esta esperança de vitória infalível. Não por teoria mas vencendo cada dificuldade e aprendendo quanto é importante termos um mestre da vida.
Durante minha infância passamos por diversas dificuldades: desarmonia familiar, financeira, doenças, alcoolismo, separações. Lembro-me que vivíamos em seis pessoas numa pequena casa toda rachada, com uma alimentação diária bem precária, às vezes comíamos arroz e serralha.
Minha mãe vivia angustiada e uma senhora observando este aspecto de sofrimento ensinou-nos a prática da fé. Desde então ela é uma pessoa extremamente forte, por ela ser desta forma nós não éramos atingidos por qualquer dificuldade.
Pelo exemplo da minha mãe aprendi vários aspectos da prática em que me baseio até hoje, sua inabalável convicção, sua consideração pelas pessoas, incansável empenho pela felicidade dos membros, tudo baseado na fé no Gohonzon e unicidade de mestre e discípulo.
Lembro-me que em meu primeiro emprego havia passado em um concurso para uma empresa estatal e não conseguiram me localizar, não tínhamos telefone, havíamos mudado de endereço e quando telefonei para a empresa disseram que minha vaga já havia sido preenchida, voltei pra casa chorando e ela me incentivou dizendo que não importava o que tinham falado, pois temos o Gohonzon e um mestre. Realizamos intenso daimoku e em menos de uma semana fui chamado novamente.
Nós sempre fomos muito unidos eu a acompanhava às atividades e visitas aos membros ou ficava em casa e cuidava de minhas irmãs mais novas.
Em outra ocasião almejando uma promoção neste emprego, apesar de eu já desempenhar a função de técnico de informática não podia ser promovido porque havia uma proibição pelo governador do estado. Mais uma vez minha mãe me deu uma bronca e comprovamos que através da prática transformamos o impossível em possível. E recebi a promoção enquanto nenhum outro podia.
Permaneci neste emprego por seis anos, entrei como mensageiro e saí como Analista Programador, quando passei a prestar consultoria em desenvolvimento de sistemas.
Mas todos os resultados que obtive não foram criados de uma hora para outra, mas sim do acúmulo de boas causas, e recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
Participei em 1990 do X Festival Cultural dos Jovens para Paz Mundial, realizado no Ginásio do Ibirapuera, isto graças ao importante apoio do meu pai que enquanto nos finais de semana ensaiávamos estava trabalhando intensamente e nunca nos faltou dinheiro para locomoção ou lanche.
Existia a expectativa da visita de nosso mestre, o Presidente Ikeda, nesta ocasião, mas alguns meses antes a visita foi cancelada.
Somente em 1993 ele pisou em terras brasileiras para sua 4ª visita, mas não tive a oportunidade de encontra-lo.
Passei a dedicar-me mais intensamente em 1993 quando ingressei na Banda Musical Taiyo Ongakutai, Este ano também completo dez anos de luta na DMJ e dez anos de atuação no Taiyo Ongakutai.
Sempre ouvia as orientações sobre criar uma base sólida na vida, lutando arduamente por dez anos. E me baseava numa orientação do presidente Ikeda que em parte diz: “Nos próximos dez anos não há outra estratégia além da recitação do Daimoku. Aquele que deixar de recitá-lo cairá infalivelmente. Não faleça nos próximos dez anos. Isto porque fatos importantíssimos haverão de ocorrer. Mais do que os famosos, as pessoas anônimas entrarão em cena. Agora é o momento desta batalha. Não seja derrotado pelas maldades. Esteja diretamente ligado a mim. Concretize sua transformação cármica até o alvorecer do 70º aniversário da Soka Gakkai”.
Durante este período tenho plena convicção de ter comprovado esta orientação em minha vida criando esta base através da dedicação na comunidade e no Ongakutai, onde pude criar uma base sólida, na família, no estudo, no trabalho. E em 2000 quando se comemorou o 70º Aniversário da Soka Gakkai, pude participar das comemorações oficiais que foram realizadas em Buenos Aires e La Plata na Argentina.
Em um certo período enfrentei grandes dificuldades de relacionamento familiar, devido a minhas próprias atitudes, e hoje sei que sem dúvida eram das ações das maldades que surgem para nos afastar da prática, fui distanciando de minha mãe e nem mais conversamos, foi no mesmo período em que me casei com minha esposa, Sara. Pouco antes de casarmos tivemos uma grande dificuldade, ela estava grávida, mas sofreu um aborto natural. Foi um momento de grande sofrimento.
Fiquei alguns anos sem me relacionar com minha mãe, para mim era muito difícil, mas sempre me dedicando na prática, e minha esposa me incentivou muito a direcionar minha luta com o objetivo novamente vivermos em harmonia.
Naturalmente tudo foi normalizando, voltamos a conversar e conviver normalmente, mas foi no momento em que a maldade iria novamente se manifestar e iríamos ter novos problemas que percebi que estava realmente transformando o carma, pois soube dialogar e esclarecer tudo sem problemas.
E graças à luta e o ideal do Kossen-rufu que realmente nos unimos novamente, lembro-me que no início deste ano em uma atividade em que o Ongakutai foi simplesmente fantástico, minha mãe estava neste Auditório. E após a atividade ela me disse “O Buda venceu a maldade”.
No ano passado, com o incentivo dos veteranos, decidi que faria uma luta inédita onde pude dedicar inteiramente na luta de chakubuku, mesmo enfrentando a manifestação de meu próprio carma, e pude concretizar 2 chakubuku. Juntamente com todos os senhores realizamos maravilhosas atividades e na RM ultrapassamos o objetivo de 116 concessões de Gohonzon. A vitória no rosto de cada novo membro desta maravilhosa família Soka, a comprovação na vida de cada um me deixou muito feliz e fortaleceu ainda mais a minha convicção no Gohonzon e na unicidade de mestre-discípulo. Para que neste ano eu tivesse forças para superar as dificuldades que estavam por vir.
Foi em dezembro para a minha surpresa nomeado vice-coordenador do Taiyo Ongakutai, então decidir comprovar ainda mais a prática da fé em minha vida e superar meus limites.
No final de dezembro fui demitido, pois o banco tinha sido vendido. Não me abalei e decidi que rapidamente iria conseguir um novo emprego que deveria ser melhor ou igual ao anterior.
Eu acreditava que conseguiria em um ou dois meses, pois sabia do meu potencial. Porem é uma época de grande instabilidade financeira, onde as empresas não estão investindo, então não tem projetos.
Nos primeiros meses até que conseguimos nos manter, mas na época das convenções em junho e julho já estávamos numa situação bem crítica. Enfrentávamos dificuldades como não ter uma boa alimentação, cortaram a luz, não ter dinheiro para ir as atividades e para ir procurar emprego. Contamos com a ajuda de nossos pais. Em uma ocasião não tínhamos praticamente nada para comer em casa meu pai me deu um vale de compra, e eu perdi, em frente de casa, depois de 15 dias uma pessoa devolveu.
O pai da Sara a levava diariamente para a faculdade, e continuou levando até o fim das aulas o que foi ótimo pelo fato dela está grávida, quando chegou a época das provas pensei que ela ia ser barrada, pois as mensalidades estavam atrasadas, de manhã quando ela saía eu ficava preocupado, mas não perguntava nada e ficava fazendo daimoku, mas não houve nenhum problema. Algumas pessoas perguntavam se ela havia parado a Faculdade, até estranhávamos, pois nunca pensávamos em desistir.
Mas também pude recitar bastante daimoku, em quato meses completei um Milhão de daimoku.
Durante 9 anos criei uma boa estrutura profissional, nunca ficara desempregado, mas agora tinha de procurar emprego, tinha de enfrentar filas, as pessoas sentadas na calçada, situação que eu nunca tinha passado antes. Entre várias outras coisas, isto fez compreender melhor o sofrimento, o coração das pessoas.
Em cada dificuldade decidia transformar o sofrimento em vitória. E não me desviar do meu objetivo, pois escrevi neste caderno toda minha decisão até o ano 2010.
Sempre lia o Gosho Os oito ventos: “Um homem verdadeiramente sábio não será arrebatado por nenhum dos oito ventos: prosperidade, declínio, desgraça, honra, elogio, censura, sofrimento e prazer. Ele não se inflama com a prosperidade nem se desespera com o declínio”.
Já haviam se passado seis meses de desemprego, quando surgiu a grande oportunidade de me dedicar na luta da Convenção Comemorativa a Fundação da DJ, no qual o objetivo era reunir 100 mil jovens em todo o Brasil. Em nossa RM nosso objetivo era reunir 750 DMJ. E o meu objetivo pessoal era até a convenção conseguir um novo emprego.
Nesta época li em uma orientação de Sensei que dizia: “Não podemos admitir a derrota, não admitir a derrota é a marca dos campeões, em 55 anos nunca fui derrotado.”
Então decidi: “eu sou discípulo de Sensei, então não vou ser derrotado”.
No cartaz da convenção que estava em todas as comunidades: “Eu tinha que vencer, tinha que vencer. Relatar a minha vitória a meu mestre, era a minha suprema missão, e comprovação do conceito de unicidade de mestre e discípulo.”
Chegou a semana da convenção, na terça-feira fui apresentado como novo vice-responsável de RM, e fiz um relato de que decidir dedicar minha vida para concretizar 750 DMJ.
E na quarta-feira de manhã recebi uma ligação informando uma fantástica oportunidade. Naquele momento decidi, e este é o trabalho que estou procurando.
Então reforcei ainda mais no Daimoku.
Seriam 2 entrevistas se passa-se nesta faria a segunda. Na quinta-feira recitei Daimoku até receber a ligação confirmando que havia passado, as 16:30h ligaram avisando a hora para 2º entrevista.
Então fui fazer visitas para a convenção. E incentivava cada companheiro com o meu relato.
Na sexta-feira fui para entrevista tranqüilo parecia um sonho.
Quando cheguei em casa já haviam ligado me procurando. O Sr. Que fiz a primeira entrevista disse “parabéns, eu tinha a certeza que seria você”.
Isto foi na sexta-feira antes da convenção. No final de semana pude compartilhar minhas vitórias com os companheiros, e ao final reunimos 552 DMJ no total da RM Vila Prudente, foi uma grande vitória.
No dia 04/07 tive a confirmação e iniciei na terça-feira, em ótimas condições. Mas mais do que o objetivo do emprego o que considero o maior benefício foi a forma com que enfrentamos esta dificuldade.
Neste período em que enfrentei o desemprego, foi muito bom porque fortaleci ainda mais a minha prática, a minha união com minha esposa e também tive uma ótima a grata noticia de que iríamos ter uma filha, do qual queríamos tanto, já faziam 2 anos que minha esposa não tomava nenhum remédio para evitar.
Estamos muito felizes no nome de nossa filha é Sophia, irá nascer dentro de uns 10 a 15 dias, ou menos.
Com certeza este é o melhor ano de minha vida, estou muito feliz.
Diariamente venho orando para concretização de 4 objetivos para este ano de 2003:
Vitória Total Saúde da Sara e da Sophia; Vitória Total no Vestibular para Relações Internacionais; Vitória Total na concretização de meu objetivo do Kofu do mês de dezembro para a construção do Novo Centro Cultural; Vitória Total na concretização de Chakubuku;
Hoje para mim também uma nova partida, sobre chakubuku, em 2004 o mês de Janeiro será o ”Mês da criação de valores e aprimoramento através do diálogo e da visita familiar”, e o mês de fevereiro é o “Mês da grande Campanha de Chakubuku”, temos a grande oportunidade de dar um significativo passo em nosso avanço até 2010, correspondendo ao coração do mestre, vou conquistar esta vitória em gratidão ao mestre levar este budismo para o maior número de pessoas. E no mês de março ou nos posteriores gostaria de ter oportunidade de relatar minhas vitórias.

Tuesday, October 27, 2009

Requisitos Funcionais e Não-funcionais Normalmente Esquecidos na Estimativa de Softwares

Terça-feira - hoje é dia de falar de TI

Bem depois de um final de semana, retorno ao trabalho e os desafios do desenvolvimento de software veêm a tona.
E isso não é uma desculpa para não falar de futebol!

Preciso realizar um estimativa de um projeto de software ...

Contexto
Trata-se de um projeto de porte grande que teve sua concorrência dividida pelo cliente por inicialmente não existir a visibilidade suficiente do escopo, consequentemente do tamanho, esforço, prazo, etc...

Então esta concorrencia foi dividida em duas etapas: o projeto lógico e o projeto físico. Ganhamos esta primeira estapa e já efetuamos o projeto lógico.

Desafio
Como definir o tamanho de um projeto de software?
Para os conhecedores do assunto já vem à mente as várias técnicas entre elas Function Point Analisys, WBS ...
A que estou utilizando é a Use Case Point (Pontos de Caso de Uso).

Porém não vou falar da UCP. Mas sim pontuar as dificuldades em se obter uma estimativa completa para o projeto.

Digo isto porque, em geral, mas métricas utilizadas nos levam apenas a conhecer o tamanho do software baseando nas atividades necessárias para especificar, construir e testar este software (sim, isto simplificando um pouco).

Porém, sempre, os profissionais de pré-venda, fábrica de software, planejadores de projeto ... todos os envolvidos em um proposta de desenvolvimento de software acabam deixando de estimar outras atividades que não estarão diretamente envolvidas construção e testes, mas que são parte do projeto e podem ter um peso significativo no custo total.

Base teórica


No livro Software Estimation—Demystifying the Black Art", Steve McConnell cita no tópico 4.5 as atividades omitidas em estimativas como um dos principais erros no provocando falhas em projetos.

Temos como atividades normalmente esquecidas:

Table 4-2: Requisitos Funcionais e Não-funcionais Normalmente Esquecidos na Estimatida de Softwares

Requisitos Funcionais: Configuração/Instalação, Conversão de Dados, Código para conectar e usar uma terceira parte o software open-source, Help do sistema, Deployment mode, Interfaces com sistemas externos.

Requisitos Não-Funcionais: program Accuracy, Interoperabilidade, Manutenabilidade, Performance, Portabilidade, Reliability, Responsiveness, Reusabilidade, Escalabilidade, Segurança, Survivability, Usabilidade.

Tip #17 Include time in your estimates for stated requirements, implied requirements, and nonfunctional requirements—that is, all requirements. Nothing can be built for free, and your estimates shouldn't imply that it can.

Mas o pior não são estas requisitos listados, mas sim as atividades de desenvolvimento de software e também as atividades não ligadas ao desenvolvimento que são esquecida, como:



Table 4-3: Atividades de Desenvolvimento de Software Normalmente Esquecidas nas Estimativas de Software
Ramp-up para novos membros da equipe, Mentoring para novos membros da equipe, Gerenciamento / coordenação /reuniões gerenciais, Cutover/deployment, Conversão de Dados, Instalação , Customização, Requirements clarifications, Maintaining the revision control system,
Supporting the build, Maintaining the scripts required to run the daily build,
Maintaining the automated smoke test used in conjunction with the daily build,
Installation of test builds at user location(s), Creation of test data, Management of beta test program, Participation in technical reviews, Integration work, Processing change requests, Attendance at change-control/triage meetings, Coordinating with subcontractors

Table 4-4: Non-Software-Development Activities Commonly Missing from Software Estimates
Vacations
Company meetings

Holidays
Department meetings

Sick days
Setting up new workstations

Training
Installing new versions of tools on workstations

Weekends
Troubleshooting hardware and software problems


Ação

Hoje vou experimentar este conceitos e dicas na prática e posto aqui para refletirmos.